domingo, 13 de novembro de 2011

Um pouco sobre a lutadora brasileira, Aline Ferreira.

Primeira brasileira medalhista de prata da história da luta nos Jogos Pan-Americanos, Aline Ferreira quase foi atleta de outro esporte. Após perder a final para a cubana Lisset Hechevarria, ela revelou que começou no judô e entrou por acaso na atual competição.

"Comecei no judô, no colégio em que estudava com 12 anos, e no centro olímpico tinha um técnico que insistiu para que eu fosse à luta. Estava desmotivada, tinha que pensar se queria estudar ou treinar. Então, teve o Campeonato Brasileiro de luta, acabei indo no embalo dos amigos e do ex-namorado, ganhei usando alguns golpes de judô e estou aqui", brincou a paulista de Osasco.

Aos 25 anos, Aline já tem até diploma de graduação em estética e está perto de se formar também em educação física. Por causa da primeira escolha, ela é motivo de piada entre as colegas de seleção.

"Eu gosto muito de mexer com maquiagem, depilação. As meninas falam assim 'Você é uma viadinha, lutadora tem que ser homem, vira macho, viada'. É por prazer que fiz, mas vamos combinar: estética dá dinheiro. Mulher não pensa na hora de ficar bonita", reconheceu.

Sobre a carreira de lutadora, Aline Ferreira acredita que a chegada de técnicas cubanos ao Brasil impulsionou o esporte. "No meu clube tem Alejo Morales, e na seleção trino com Pedro Garcia e Angel Morgado. Eles têm tradição na luta, possuem técnicas que às vezes não enxergávamos. Estamos evoluíndo, com certeza resultados virão até os Jogos de 2016. Tem que buscar apoio de fora, não tem jeito", analisou.

A brasileira é fã do maior lutador de greco-romana da história, o russo Alexsander Karelin, tricampeão olímpico e nove vezes mundial. Questionada sobre o que seria mais fácil, ganhar uma Olimpíada ou um Mundial, Aline falou: "Em Olimpíada, o dificl é classificar. Para quem se classificou, o campeonato em si mais fácil. No Mundial, têm atletas que fazem seis, sete lutas. Nas Olimpíadas é como aqui no Pan, são só os classificados, são menos lutas, mas para chegar até aqui é uma briga".



Fonte: Estadão.

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